Desde que decidimos ser pais que proibimos as nossas gatas de entrar no nosso quarto que era para elas (são duas) não estranharem a porta fechada depois do nosso filho nascer e não o odiassem de morte por causa disso. As primeiras semanas foram um inferno, mas depois elas habituaram-se e não houve mais miadelas. A regra estendeu-se ao quarto do A. e elas sabem que podem andar por todo o lado, mas estão proibidas de entrar nos quartos. Elas deitam pêlos e eu não quero pêlos nas camas onde dormimos. Há quem me chame de picuinhas, mas tenho um marido com problemas respiratórios e pulmonares (que se eu soubesse da história toda nem tinha tido gatos) e quero protegê-lo a ele e ao meu filho de respirarem pêlos enquanto dormem.
Mas apesar desta proibição já ter anos, todas as noites elas tentam escapulir-se para um dos quartos. São quase invisíveis e conseguem muitas vezes entrar no meio das minhas pernas sem eu me aperceber. Quando vou à noite ao quarto do meu filho tento ter atenção, pois elas podem estar a dormir no andar de baixo, mas mal abro a porta lá aparecem logo. No outro dia fui dar o beijinho de boa noite e não bloqueei a entrada com a cancela. Demorei 10 segundos. Fechei a porta e fui-me deitar. Nem um barulho à noite. Nada de estranho. De manhã, quando abri a porta do meu filho salta-me de lá uma gata e ele olha para mim e diz: a pulga dormiu cómi! Incomodou-te?, pergunto eu. Não. Portou-se bem, respondeu ele. E eu abracei-o. Tão explicadinho que o meu piolho de 2 anos e meio está!
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