Há muitos, muito anos... eu e o meu marido vendemos os nossos dois carros e comprámos uma carrinha familiar. Eu trabalhava no Chiado, tinha comboio à porta de casa e não havia necessidade de termos dois carros e os encargos (gasolinas, seguros, selos, inspecção...) que isto representava. Uns anos depois, mudei de projecto e de empresa e tive necessidade de comprar carro. Lá veio um pequenote que serviu durante uns meses, até eu ir novamente para o Chiado e deixar de precisar de carro. Com a chegada do primogénito e só com um carro as coisas foram-se complicando, mas íamos aguentando e gerindo da melhor maneira. O meu marido cada vez falava mais do seu sonho de voltar a ser motard, e eu ia continuado a usar os argumentos dos últimos anos. A dependência uns dos outros para nos deslocarmos começou a complicar imenso as nossas rotinas diárias e a provocar algumas discussões matinais, que isto de sair tudo de casa ao mesmo tempo não é fácil. Principalmente nos dias em que o meu marido tem reuniões muito cedo ou tem de fazer serão para trabalhar. A certa altura fui vencida pelo stress e disse: Ok! Vai lá comprar a mota, mais todos os kit's de segurança e de protecção que existam no mercado. Ele ficou radiante. Andava nesta conversa há 8 anos e tinha finalmente luz verde para comprar a mota. Lá viu, estudou, pesquisou, sondou... E um dia, naquelas manhãs em que já saímos todos de casa com os pés de fora, eu pergunto: olha lá, tanta coisa com a mota e quando é que a vais comprar?! (eu sou muito despachadinha e quando é para comprar, bora lá) E o meu amado diz: Não posso comprar a moto sem garagem. É muito arriscado. São muito roubadas e... E eu assim: Andei quase uma década a fazer figura da má da fita e da mulherzinha que tem medo que o marido se mate de mota, quando afinal ele não a ia comprar porque não temos garagem?! Podia ter dito logo... Tinha feito um papel mais fixe. Mas adiante... Como não havia garagem e ele ainda estava a ver uma maneira de resolver a situação... Eu antecipei-me quando um Smart parou ao meu lado! Bingo! É isto mesmo! Lancei o isco... E todo ele sorriu! Adora o Smart e sempre gostou de ter um. Não dá para fugir ao trânsito como as motas, mas em contrapartida dá para lá levar uma das crias. (Desconfio que o meu mais velho depois de se sentar à frente nunca mais quer ir na carrinha. Isto depois de lhe explicarmos que o carro não é para ele, é que o Smart é pouco maior que a Moto4 do miúdo). E assim... Havemos de voltar a ter dois carros. Com a promessa de que quando mudarmos para uma casa com garagem o meu amor terá a sua moto. Mas como o senhor da Smart diz que aqueles carros são viciantes (e eu acredito) pode ser que a moto venha lá só para a reforma!!!
Nós tivémos um smart. Foi a coisa mais linda, adorei e ainda hoje tenho uma pena de nos termos "desfeito" dele. Era e é o carro ideal para se ter na cidade, cabe em qualquer buraquinho. Não sei como são as versões novas, antigamente o airbag só desligava com a cadeirinha especial da marca (mercedes) e era tão cara... Não se esqueçam de ver esses pontos todos, de resto, recomendo vivamente. É mesmo viciante.
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