Há momentos bem cinzentos nesta coisa da maternidade...
E os dois últimos dias têm tido momentos destes. Com trovões e tudo, pela voz zangada da mãe! O filho mais velho anda muito desobediente e refilão. E eu ando cansada e sem paciência. E zango-me com ele, e levanto a voz, e zangamo-nos... Acabamos sempre o dia com o mimo da noite com abraços e com a promessa de que amanhã será melhor.
Em conversa, ao deitar:
Eu: oh, filho, tu gostas muito da mãe, não gostas?
Filho: Eu amo-te, mãe...
E soube tão bem ouvir aquelas palavras da boca dele. Ele não gosta, ele ama! Claro que sim. E é por isso, expliquei eu, que ele deve obedecer e ajudar a mãe e não o contrário. Mas cá para mim esta rebeldia e irreverência está relacionada com as gracinhas do mano, que está cada vez mais participativo e com intervenção na dinâmica familiar. É o engraçadinho cá de casa e o mais velho, claro, ressente-se.
... Mas, ao final do dia, depois dos ânimos tranquilizados e dos mimos de boa noite bem dados, dos beijos e dos apertos, percebemos que na maior parte das vezes podíamos ter tido mais calma, mas não conseguimos. Amanhã será melhor. Porque afinal, no meio dos momentos cinzentos, não há luz nem amor maior do que o que sentimos pelos nossos filhos, mesmo quando, nos momentos mais cinzentos, só nos apeteça fugir e gritar!
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