São raras e difíceis, não as saídas, mas o dia seguinte. Eu já tenho um enorme défice de sono em cima e ir jantar fora e beber um copo, significa um dia duro no dia seguinte. Mas ontem era um jantar de mulheres dos vários departamentos da produtora onde trabalho e nem hesitei em ir, apesar de ainda estar engripada. O meu marido disse logo que tomava conta dos miúdos de manhã e que me acordava só para irmos à festa de um sobrinho às 10h30. E lá fui eu. 40 mulheres giras, divertidas e que trabalham para o mesmo projecto (e ainda faltavam outras tantos), mas que nem sempre se conhecem. Jantar no Bairro Alto, um copo no Cais do Sodré e às 2 da matina achei que estava bom, até porque no bar do cais, onde estávamos não se respirava tal era o calor e a quantidade de gente. Cheguei a casa às 2 e meia e lá me deitei. Mas passado pouco tempo ouço mãe... fiz-me de morta, que não estava muito longe da verdade, mas ao fim de alguma insistência, e dele ter escorraçado o pai, lá fui. Chucha e ficou... até às 6 da manhã. Aí tirei-o da cama, dei-lhe um biberão e meti-o na minha cama, sempre a segurar-lhe num pé ou numa perna não fosse ele baldar-se da cama. Aguentámos ali até às 7, depois liguei o zig zag do canal 2 e às 7 e meia ele já tinha atirado tudo o que temos nas mesinhas de cabeceira para o chão, já tinha aberto gavetas e decidi sair com ele para a sala. Pedi ao meu marido que entretanto estava a dormir com o mais velho, ainda nem lhe perguntei porquê, para ficar com ele meia hora para eu dormir. Ele pontificou-se logo, mas dois minutos depois ouço bater na porta do hall e gritos aflitos: mãe, mãe, mãe. Abri a porta e percebi que já não dava mais. Reparei que o mais velho já tinha acordado e fui fazer legos com o pequenino.
E depois quando me dizem: já não tens a pedalada de antigamente? Já te vais embora? Não ficas mais um bocadinho? É que eu só de pensar na alvorada nem consigo estar descontraída à noite. Mas foi giro e valeu a pena. Hoje custa um bocadinho, mas a maternidade ensinou-me a lidar com a privação de sono.
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