A minha cirurgia, internamento e consequente baixa e repouso teve uma consequência muito feliz cá em casa. (Nunca devemos esquecer que tudo tem um lado bom). O pai é que vai deixar os filhos na escola, buscar ao final do dia e é ele que trata dos banhos, brincadeirase birras do final de tarde. Eu agora já ajudo dentro das minhas possibilidades, mas não lhes posso pegar ao colo nem fazer esforços. E nunca eles tiveram tanto pai!! E é tão bom. Para eles e para o pai. No trabalhoo, todos os dias o maridão pôe o despertador para as 17h30 para não se distrair com as horas e vai buscá-los. Muitas vezes (como me acontece a mim) não consegue acabar o trabalho e acaba depois de jantar. O meu marido é um super paizão, adora estar com os filhos e brincar genuinamente com eles, sabe fazer tudo, tem jeito e gosto, é firme e impõe regras, mas, muitas vezes, durante a semana, falta-lhe tempo. É raro chegar antes das 19h30/20h e o tempo para estar com os filhos é muito pouco. Por isso, neste mês os meus filhos estão a aproveitar a presençado pai ao máximo. E a empresa não colocou qualquer questão ou entrave. Tanto directores como colegas estão solidários que com a minha recuperação, quer com a logística do pai cá de casa. É bom que, cada vez mais, se olhe para os pais como elemento fundamental da educação e da estrutura familiar. E é fundamental que as empresas empregadoras percebam isso e incentivem os pais, ou pelo menos não os penalizem, a ir às reuinões, festas e médicos com as crianças. Aquela ideia do pai que trabalhava para trazer apenas dinheiro para casa para o sustento da família tem de ser ultrapassada. O pai é muito mais que isso. É o Pai. E por muito boas mães que sejamos, há coisas, brincadeiras, disparates e aprendizagens que eles só fazem com os pais. E é com alegria que à minha volta, na família e no círculo de amigos, vejo cada vez mais super paizões!!
E a propósito disto, deixo-vos com este estudo:
Amor de pai é uma das principais influências na personalidade humana
Publicado em 13.06.2012
Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar.
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?[MedicalXpress, SkimThat]
O artigo, aqui.
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