Nunca gostei de sentar os meus filhos nestas cadeiras. Se os deixo assim no ar acho que vão cair, se coloco uma cadeira de adulto em baixo eles apoiam os pés e a cadeira sai do sítio. Mas noutro dia, num restaurante, era a cadeira que havia para o Afonso. Lá o sentámos à cabeceira, entre mim e o pai. Tudo a correr bem e ele sentadinho a jantar. De repente, um estrondo e o Afosno estatelado no chão aos gritos. Pânico total até vermos que ele estava bem e que não tinha nada. O casal nosso amigo que jantava connosco são os dois médicos e confirmaram que o Afonso estava bem e que não tinha nada partido, apesar de se queixar do braço. O mano mais velho aflito, os empregados preocupados, mas felizmente não passou de um grande susto e ele ficou óptimo em poucos minutos, agora já sentado ao meu colo. A questão era: como é que a cadeira saltou da mesa?
E chegámos à resposta. Segundos antes do Afonso cair o meu marido tinha-se levantado do seu lugar para se ir servir. Por precaução e como tínhamos várias crianças à mesa as figideiras bem quentes tinham ficado numa ponta, longe dos mais pequenos. E o meu marido ao levantar-se empurrou a cadeira dele para dentro, naquele gesto instintivo que fazemos sempre. Foi nesta altura que o Afonso, por baixo da mesa, sentiu a cadeira e apoiou os pés, desiquilibrando as forças da cadeira onde estava penurado e fazendo-a cair para trás! E é assim, numa fracção de segundos que elas acontecem. E deixo aqui o nosso testemunho para se lembrarem dele quando sentarem os vossos filhos pendurados nestas cadeiras. Desta vez o Afonso não se magoou, teve sorte, mas podia ter-se magoado porque eles caem completamente desamparados e a queda ainda é alta.
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