Para o mais velho, a mana é a Francisca. Para o mais novo, a mana é a Kika. É engraçado como cada um deles é diferente, chama a irmã de forma diferente e terá, certamente, reacções diferentes em relação à chegada da mana.
O mais velho: Está feliz e contente e muito consciente do que significa ter um irmão. É repente nesta matéria e diz que a coisa melhor do mundo é "ter manos". Será um protector da sua mana e não prevejo ciúmes, até porque reforçaremos a importância dele como guardião (palavra que ele adora e remete para o universo dos heróis que ele tanto gosta) da mana mais nova e da responsabilidade de ser irmão mais velho, sendo que mantém o papel dele como filho e, como tal, tem direito a muito mimo, atenção e exclusividade. Claro que posso estar enganada e a reacção dele não ser esta que esperamos, mas acredito mesmo que vai correr tudo muito bem.
O mais novo que vai deixar de o ser: É o que mais me preocupa. Apesar dele ser muito afectuoso com a minha barriga, por iniciativa própria e de forma espontânea, dá beijinhos e fala com a mana, ele não tem a noção do que é ter um bebé em casa... Espero conseguir gerir tudo de modo a que quando ele sair da escola eu estar muito disponível para ele e para o irmão, para irmos ao parque e para brincarmos. Espero que a Francisca colabore e que seja uma bebé fácil, como o Afonso era, e que eu acho que ajudou muito à adaptação familiar, porque raramente chorava, dormia muito e eu conseguia estar completamente focada no Afonso até ir buscar o irmão à escola, e depois dedicava mais tempo e atenção ao mais velho. Agora vou ter de ginasticar um bocadinho mais para conseguir ser uma mãe atenta e presença para os três, mas estou muito confiante que vou conseguir.
Deixo-vos alguns posts que escrevi quando estava grávida do Afonso e preparava o Alexandre para a chegada do irmão.
http://vidasdanossavida.blogspot.pt/2013/04/mums-boss.html
http://vidasdanossavida.blogspot.pt/2013/02/a-chegada-do-segundo-filho-maternidade.html
http://vidasdanossavida.blogspot.pt/2013/02/maternidade-preparar-chegada-do-mano.html
Na altura fiz um coaching com a Magda Dias, Mum's the Boss, que me ajudou imenso e me deu dicas fantásticas. A mais valiosa de todas foi a apresentação dos irmãos... Assim que o bebé nasceu o pai foi buscar o mano mais velho para o levar para a maternidade para conhecer o irmão. Só nós os quatro. O núcleo duro familiar. E ele sentiu esse privilégio. (Acho que até hoje a minha mãe não compreendeu o que ela considerou ser "deixada de fora", foi a segunda a depois ir lá ter, mas eu achei crucial e faço tenção de repetir. Outro aspecto que eu achei fundamental foi o pai ter ficado com o mais velho nas duas noites em que eu estava na maternidade. Foram jantar fora e fizeram programa de homens. E ele sentiu-se especial.
Na mala da maternidade, juntamente com tudo o que eu e a Francisca precisamos, vou levar dois presentes, um para cada filho oferta da mana, e levo também uma moldura com a foto dos meus filhos mais velhos, para quando eles chegarem virem que a mãe os tem ali em fotografia junto dela e junto da mana. Depois das mãos bem lavadinhas vão poder pegar-lhe ao colo. O mais velho já perguntou se podia pegar-lhe ao colo de pé, que já era mais crescido, mas eu expliquei que não, que os recém-nascidos são muito pequeninos e que é preciso ele estar bem sentado e confortável para a mana também estar confortável. Mas deixo-os pegar e cheirar a irmã, todas as crias são "lambidas" e esta também vai ser.
E, mais uma vez, vou limitar as visitas da maternidade ao máximo. Sou uma chata, eu sei, mas depois do festival que foi quando nasceu o meu primeiro filho fiquei vacinada e tornei-me implacável: avós, tios (os nossos irmãos) e os nossos amigos mesmo íntimos e, mesmo assim, tendo em conta que o meu marido é o 8º filho já podem imaginar a quantidade de gente, agora imaginem o que foi quando nasceu o mais velho e além destas pessoas ainda vieram os tios avós da criança, mais as primas infinitas da minha mãe e o diabo a quatro, porque ela estava tão excitada por ser avó que ligou a toda a gente e achou que todos os que vinham de coração eram bem-vindos. Chegámos a ter 10 pessoas no quarto ao mesmo tempo!!! E isto das 10 da manhã às 9 da noite. Para terem noção quando a médica nos foi dar alta viu-nos tão cansados que não nos deu alta para ficarmos a dormir mais uma noite no hospital, sem visitas e sossegados, porque como as pessoas achavam que já tínhamos ido para casa não iam ao hospital... e foi o que nos valeu. Vivendo e aprendendo e da segunda vez já não cometemos o mesmo erro! À terceira vamos pelo mesmo caminho. E para as mães de primeira viagem que não queiram ser invadidas de visitas, beijos e perfumes fortes que deixam os nossos recém-nascidos a cheirar à tia avó digam que preferem que as visitas sejam em casa, depois do primeiro mês. Se não quiserem parecer indelicadas digam que o pediatra do vosso filho não gosta de visitas nos primeiros tempos e já podem ficar sossegadas com a vossa cria e com o vosso marido a adaptarem-se à nova família que acaba de nascer.
Comentários
Enviar um comentário
Gosto de saber o que as outras vidas têm a dizer sobre isto!