Hoje de manhã uma amiga de quem gosto muito escrevia "A infância dela é mais importante que o meu relógio" referindo-se à ronha matinal da filha e ao facto de ela nunca a apressar de manhã... E esta frase tem-me acompanhado o pensamento ao longo do dia. Eu apresso os meus filhos de manhã. Acordo-os devagar, mas depois é sempre a abrir para se vestirem, tomarem o pequeno-almoço, lavarem os dentes... E senti um profundo aperto no peito. E pensei na sorte da filha dela, a ter todo o tempo do mundo de manhã, sem pressas... Não sei a que horas sairíamos de casa se não os apressasse... Já não saímos muito cedo porque felizmente tenho flexibilidade de horários, mas o mais velho tem de estar na escola às 9, ou seja até 5 para as 9 temos de sair. Mas fiquei a pensar nisto. E pensei na nossas rotinas, na nossa vida, na infância dos meus filhos. E sorri porque me lembrei que à tarde (na maioria das vezes, salvo raríssimas excepções) já não os apresso. Vou buscar por volta das 17h para termos tempo, para os deixar sair da escola sem pressas, para irmos ao parque se estiver bom, ao supermercado (não é seca. Eles amam ir ao LIDL porque lhes dou um Donuts e é mais ou menos como irem à Disney, mas por 0,49€), para eles brincarem ou verem bonecos antes do jantar, ou perderem-se num banho de imersão que só acaba quando a água está fria e eles engelhados... Mas as manhãs... Não são nada idílicas nem vão constar das boas recordações da infância, acho eu... Depois de ler esta frase lembrei-me que o filho mais velho está em pausa lectiva, sem rigidez de horários, e deixei-os ficar na ronha, deixei-os ver bonecos antes de se vestirem... Os mais pequenos chegaram mais tarde à escolinha e eu comecei a trabalhar mais tarde, mas sem stress... E soube bem.
Aqui em casa, de manhã, é a loucura. Ao fim da tarde é tudo na paz do Senhor.
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