Duas das irmãs da minha sogra vão desfazer-se da casa que tem de férias e de fim de semana, e que era a casa onde 3 a 4 vezes no ano reuniam os irmãos, sobrinhos, sobrinhos netos e sobrinhos bisnetos em almoços que acabavam sempre já depois de jantar... Uma casa às portas de Lisboa, no meio do pinhal, entre a praia e o campo, onde os miúdos brincam no jardim e andam de bicicleta nas ruas à volta... Ontem despedimo-nos da casa, num almoço tardio para todos poderem ir votar... Éramos mais de 50, entre adultos e crianças, e foi tão bom. O dia estava de verão e entre cervejas, vinho bem fresco, petiscos e boa conversa passámos um dia muito bom em família, que terminou com os meus filhos, já de pijama, no carro a dormir de volta a Lisboa. Perguntava o meu filho mais velho: e agora onde fazemos as almoçaradas? Temos outras casas para nos reunirmos, mas esta era especial... Todos nos sentíamos lá bem e todos a sentíamos um bocadinho nossa, porque as tias sempre fizeram questão que nos sentíssemos em casa... Almoços demorados, dias sem pressa, tardes e tardes à conversa com os gritos e gargalhadas das crianças, que nunca saíam de lá já jantadas... Acredito que a casinha, como sempre foi chamada, vai ficar na memória dos meus filhos mais velhos... E são memórias boas da infância, memórias de família... De uma família grande e generosa que gosta de se reunir só porque sim, porque é bom estarmos juntos!
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